quarta-feira, 16 de março de 2011

Penetração 'fraca' de smartphones anima Intel para futuro, diz presidente

O atraso do mercado brasileiro no mercado de celulares inteligentes, na comparação com Europa, Ásia e Estados Unidos, é visto como oportunidade para a fabricante de processadores Intel. A análise é do presidente da companhia no Brasil, Fernando Martins.

Líder entre os computadores tradicionais, a empresa tem assistido, ainda do lado de fora da disputa, ao domínio da arquitetura ARM no setor de aparelhos móveis. "No momento, estamos em uma fase de interação com o mercado para que, em breve, estes produtos apareçam", afirma Martins.

"Não é uma 'rampa' de desenvolvimento trivial, colocar uma solução como esta nas prateleiras, mas quando observamos, por exemplo, o mercado brasileiro, dá para perceber que ainda há muito espaço para crescimento", afirmou o executivo, que participou nesta terça-feira (15) do anúncio oficial da chegada da nova família de processadores Core ao país.

Segundo a Nielsen, auditoria especializada em estudos de mercado, as vendas de smartphones cresceram 279% no Brasil em 2010. Ainda assim, apenas 3,4% dos aparelhos vendidos no Brasil são celulares inteligentes. Nos Estados Unidos, aposta-se que os smartphones se tornem, até 2012, mais de 50% dos aparelhos no mercado. Mundialmente, este número já supera 20%.

Apresentado em 2010, o processador da Intel para telefones celulares e aparelhos móveis como tablets deve chegar ao mercado ainda este ano, segundo o CEO da companhia, Paul Otellini. O chip, de codinome Moorestown, é baseado na plataforma Atom, que atualmente está presente em netbooks e notebooks com menor poder de processamento e custo.

Impacto do terremoto

O terremoto seguido por tsunami que atingiu o Japão na última sexta-feira (11) vai afetar os resultados da maior fabricante de processadores para computadores do mundo, a Intel. "Ainda é cedo para prever qual será o impacto deste evento no mercado, mas certamente vai alterar a curva", acredita Martins.

Mesmo com a paralisação das atividades de fabricantes e integradores de computadores na região, Martins não crê, no entanto, que já sera possível afimar que as vendas da Intel devem diminuir na comparação com as previsões da empresa.

"Muitas vezes eventos como esse têm reação contrária ao esperado. Na crise nos Estados Unidos, por exemplo, muita gente comprou um computador porque precisava de uma infraestrutura para procurar emprego", diz.

Sandy Brige

A Intel anunciou ainda a chegada ao mercado brasileiro da segunda geração da família de processadores Core, conhecida pelo codinome Sandy Bridge. Os PCs com processadores i3, i5 e i7 de 13 fabricantes devem chegar ao Brasil a partir do fim de março.

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